16 outubro 2014

Interior de São Paulo tem protestos por causa da falta de água

Seca
Moradores de Campinas e Itu organizaram manifestações. Sabesp admite que água pode acabar em ?meados de novembro?
Nesta quarta-feira, dia 15, a presidenta da Sabesp, Dilma Pena, admitiu a crise de abastecimento em São Paulo e afirmou que a água pode acabar em “meados de novembro”.

A declaração foi feita em depoimento à Câmara Municipal e acontece dez dias depois que o atual governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi declarado reeleito no primeiro turno das eleições.

Segundo o site SpressoSP, ela teria afirmado ainda que a população não foi comunicada da crise e das consequências para o estado pois a Justiça Eleitoral teria proibido peças publicitárias usando a palavra “seca”.

“Não podíamos usar a palavra ‘seca’. Só alertar para a economia. Não podíamos falar a gravidade da situação”, disse.
Enquanto isso, as torneiras de um número cada vez maior de pessoas estão sem água.

Na capital, a região Sul está sofrendo um racionamento velado. A Sabesp não admite o racionamento. “Eu garanto que não existe racionamento. Nenhum bairro de São Paulo fica sem água por mais de 12 horas. A periferia sofre mais por não ter armazenamento, mas controlamos isso 24 horas por dia”, ou seja, racionamento só é considerado se houver falta d’água por mais de 12 horas. Mas o fato é que bairros inteiros estão ficando sem água alguma parte do dia.

No interior essa situação está provocando a revolta da população. Apenas no começo dessa semana foram noticiados protestos em Campinas e em Itu.

Em Itu, moradores sofrem com racionamento há nove meses. E nas últimas semanas têm organizado uma série de protestos.

Na última segunda-feira, realizaram manifestações no centro da cidade e à noite interditaram a rodovia SP-79. Centenas de pessoas, segundo a Polícia Rodoviária, reclamavam que os caminhões pipa não estavam abastecendo todos os moradores e passando apenas em algumas ruas dos bairros nas imediações da rodovia.

Dias antes das eleições a população de Itu já protestava contra a falta de água que já atingiu o atendimento de saúde no município. O prefeito Antonio Tuíze (PSD) nega que seja necessário decretar estado de calamidade pública na cidade.

O Ministério Público do estado ingressou com uma ação pedindo a proibição de grandes eventos, a inauguração de novos loteamentos, além de estabelecer multa à prefeitura da cidade, quando moradores ou comerciantes ficarem mais de 48 horas sem receber água.

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