12 julho 2013

Medo da espionagem na internet? Veja como se proteger

Conheça ferramentas que podem ajudar a manter a privacidade dos usuários da web




iG São Paulo  - Atualizada às 
As denúncias de Edward Snowden, um americano de 29 anos que trabalhava como funcionário terceirizado na Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), feitas no mês passado ao jornal "The Guardian", colocaram usuários de internet e dos serviços de telefonia em estado de atenção. Recentemente o escândalo chegou ao Brasil com a revelação de que o País é um dos alvos prioritários do governo americano.
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Segundo Snowden, o governo americano teve acesso aos bancos de dados de grandes empresas de internet. Documentos revelados pelo técnico de informática mostraram que a NSA usa um software chamado Prism para acessar e-mails, chats e chamadas de voz de empresas como Facebook, Google e Microsoft. Imaginava-se num primeiro momento da divulgação do escândalo que a espionagem acontecia apenas nos EUA, mas o raio de ação do governo americano também inclui o Brasil.
Apesar da atuação dos EUA incluir agentes secretos e sofisticados esquemas de espionagem, como num roteiro de série de TV, usuários de internet e de telefonia têm algumas formas de proteger seus e-mails e outros conteúdos da web.
Confira algumas das ferramentas de código aberto criadas com o apoio da Electronic Frontier Foundation (EFF), uma entidade americana que defende a liberdade e privacidade dos usuários na internet que ajudam a manter a sua privacidade na web:
Tor
Inicialmente desenvolvido como um projeto de pesquisa da Marinha americana, o Tor virou um projeto livre que ajuda a proteger a localização dos internautas. Depois de instalar o aplicativo no computador, o usuário pode acessar a internet por meio de "túneis virtuais" que não permitem que ninguém intercepte sua navegação ou determine onde ele está ou de onde publicou determinado conteúdo.
A tecnologia, segundo Rainey Reitman, diretora de ativismo da EFF, é usada por ativistas, jornalistas e pessoas que precisam acessar determinados sites na internet que são bloqueados em algumas regiões. O Tor não permite esconder, no entanto, a identidade do usuário na web. "A ferramenta ainda é difícil de usar e lenta e por isso precisamos da ajuda de desenvolvedores", disse Rainey, durante aedição 2013 da Campus Party .
Pidgin
Um cliente para mensagens instantâneas que suporta Google Talk, MSN, ICQ e outros serviços de chat pela internet, o Pidgin permite bater papo com os amigos com a certeza de que as conversas não estão sendo armazenadas pelas empresas. "As empresas guardarão apenas uma mensagem criptografada, que não pode ser lida", explica Rainey.
Ao instalar o cliente no computador, o internauta pode fazer login em várias contas de serviços de mensagens instantâneas ao mesmo tempo. O serviço, que não exibe anúncios e é gratuito, está disponível para computadores com sistema operacional Windows e Linux.
HTTPS Everywhere
Uma extensão gratuita que já está disponível para o navegador Firefox, da Fundação Mozilla, e para o Google Chrome, permite que o usuário acesse a versão segura de todos os sites na internet, ou seja, as que possuem a URL iniciada por https. "Muitos sites na internet possuem uma versão https, mas dificultam seu uso", alerta Rainey.
Depois de instalada a extensão, quando o internauta digitar o endereço da URL no navegador, o aplicativo automaticamente reescreve a solicitação para que o navegador se conecte à versão segura do site. Isso previne que as informações enviadas entre o computador do internauta e o servidor onde o site está hospedado sejam interceptadas por terceiros.
TOSBack
A ferramenta TOSBack quer alertar os usuários sobre mudanças nos termos de uso de sites como Facebook, Twitter e outros, que podem mudar sem aviso prévio. Na página do projeto, que monitora mudanças nos textos dos termos de uso de diversos serviços, os usuários podem consultar o texto do termo atual e cópias das versões anteriores.
O recurso é útil, por exemplo, para notar mudanças importantes, como o compartilhamento de informações de usuários de dois serviços mantidos pela mesma empresa -- recentemente o Instagrammudou seus termos de uso para permitir o uso de dados de seus usuários pelo Facebook e vice-versa.
O TOSBack, no entanto, está parado no momento por falta de recursos. Para ajudar a colocar o projeto de volta no ar, Rainey promoveu uma maratona de programação na Campus Party para pedir a ajuda dos desenvolvedores brasileiros para desenvolver novos recursos e encontrar falhas no código da ferramenta.


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