12 julho 2013

Índios mantém interdição de ferrovia e viagens do trem de passageiros estão suspensas

Fonte: O Imparcial
Publicação: 10/07/2013 19:56


A segunda interdição da Estrada de Ferro Carajás por comunidades indígenas, em menos de duas semanas, já dura mais de 12 horas. Aproximadamente 300 índios dos povos Apâniekrá-Canela, Ramkokramekra-Canela, Krikati, Pukobjê-Gavião, Krepumkatjê, Tentehar/Guajajara e Awá-Guajá bloqueiam a ferrovia para chamar atenção da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).
 
A vale divulgou em nota que a manifestação não é direcionada a empresa e que as viagens do Trem de Passageiros da companhia estão suspensas até a desobstrução da ferrovia.
As diversas etnias que ocupam pela segunda vez a Estrada de Ferro Carajás, em Alto Alegre do Pindaré, no trecho do km 289, denunciam o descaso feito pelo órgão que deveria atender as principais questões que envolvem a saúde indígena, além de responsabilizar também os gestores do Distrito Especial Indígena (DSEI/MA).

Na última quinta-feira (4/7) a ferrovia foi interditada no município de Açailândia. Policiais federais e militares foram até o local para garantir a reintegração de posse.

De acordo com Rosimeire Diniz, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), até o início da tarde desta quarta-feira (10), a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) não havia dado o devido apoio aos indígenas, nem havia comparecido para conversar sobre as principais reivindicações dos manifestantes.

"A sesai em nenhum momento demonstrou interesse em conversar com os indígenas", ressaltou Rosimeire.

Rosimeire disse ainda que o Cimi está acompanhando de perto todo o protesto, porém não podem intervir diretamente, pois entende que os índios é quem devem tomar toda a frente no processo de negociação junto aos órgão públicos.

O Cimi é um organismo vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que atua de perto junto à causa dos povos indígenas.

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